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Conheça a trajetória do skate até chegar às Olimpíadas!

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Origens

Mais do que um simples esporte de competição, o skate representa um modo de vida, uma perspectiva sobre o mundo, uma maneira de se vestir e de interagir com a comunidade circundante. Por isso é crucial contar sua história, a fim de preservar essa essência.

Tudo começou na década de 50, na Califórnia, Estados Unidos, onde nasceu o skate. Sua origem remonta a um período de calmaria nas ondas, quando os surfistas, ávidos por praticar suas habilidades, adaptaram as pranchas de madeira com rodinhas, dando origem ao “surfe sobre o asfalto”.

Em seguida, na década de 70, o esporte teve um aumento significativo de praticantes. Mas foi na década de 80, durante um período de racionamento de água no país, quando muitas piscinas residenciais foram esvaziadas, que houve um impulso ainda maior ao skateboarding.

Foi assim que o skate transcendeu sua condição de mero esporte para se tornar um estilo de vida completo, marcado por gírias, vestimentas e uma cultura distintiva. Essas características exclusivas, desenvolvidas pelo próprio grupo, representam um ponto decisivo na história do skate e continuam vibrantes até os dias atuais.

No Brasil

No Brasil, o começo do skate segue um padrão semelhante ao dos Estados Unidos. Conhecido inicialmente como “surfinho”, chegou ao nosso país na década de 1960 por surfistas que seguiam as tendências norte-americanas.

Em 1974, foi inaugurada a primeira pista de skate da América Latina, em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Supõe-se que a escolha desse local se deve à sua proximidade com a praia, o que atraiu muitos surfistas para a região.

Em 1997, o skatista brasileiro Bob Burnquist foi aclamado como o melhor do mundo, um marco significativo na história do esporte no país, inspirando crianças e jovens adultos. No entanto, apenas nos anos 2000 foi fundada a Confederação Brasileira de Skate.

Nas Olimpíadas

Sobre as Olimpíadas, não é segredo que os jogos sempre geram grande comoção global em torno dos esportes, dos atletas e das histórias inspiradoras, além do tão falado espírito olímpico. Cada esporte adicionado ao evento desperta a curiosidade do público, que busca entender suas origens, regras e sua essência.

Com o Skate, não foi diferente. A sensação de liberdade, adrenalina e os desafios inerentes à prática encantaram jovens em todo o mundo, incluindo o Brasil, que há anos se destaca como referência no esporte, produzindo campeões mundiais em diversas modalidades.

Toda essa energia radical, que cativa o público jovem e está associada a um mercado vasto a ser explorado, despertou o interesse do Comitê Olímpico Internacional. Como resultado, o skate e outros esportes radicais foram incluídos no programa olímpico para os Jogos de Tóquio 2020.

Após sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o skate retornará ao cenário olímpico em Paris 2024, sediado no icônico La Concorde, localizado no centro da capital francesa. O evento contará com as duas modalidades mais populares do esporte: park e street.

Durante as competições, os atletas precisarão executar suas manobras mais arrojadas, seguindo critérios rigorosos de dificuldade, velocidade e variedade de movimentos. As provas foram divididas em duas etapas: preliminares e finais.

Modalidades

A inclusão do skate como esporte olímpico vai além de simplesmente adicionar mais um esporte aos jogos. Trata-se de um reconhecimento e uma validação da paixão e dedicação de milhares de praticantes em todo o mundo, que muitas vezes enfrentaram preconceitos, retaliações e opressões simplesmente por escolherem pegar seus skates e expressarem-se nas ruas com sua atitude e sua ousadia característica. Aqui estão algumas modalidades que você pode conhecer.

Freestyle: é a modalidade mais antiga do skate e as manobras são executadas no chão e em sequência. Rodney Mullen foi o skatista que mais inventou manobras para a modalidade. Durante as competições, a avaliação será feita com base em técnica, consistência, aspecto artístico e variedade.

Downhill Speed: consiste na descida de ladeiras, e quanto mais velocidade e equilíbrio, mais bem avaliado será o skatista.

Downhill Slide: segue o mesmo modelo anterior, porém são realizadas manobras de derrapagem, conhecidas por slides, que podem ser executadas em pé ou com o apoio das mãos no chão.

Slalom: a popularidade desta modalidade aconteceu nos anos 2000 e consiste em percorrer um percurso que apresenta marcações feitas por cones de plástico. Assim, o skatista deve percorrer o circuito alternando entre os cones que estão à direita e à esquerda. Todo o percurso é cronometrado e não é permitido encostar nos cones durante a descida.

Vertical: praticada em uma pista em formato de U ou halfpip, a modalidade vertical é bastante procurada pelas possibilidades de fazer manobras aéreas ou deslizar pela borda da pista.

Street: é considerada a modalidade mais praticada do mundo, pois os obstáculos são os elementos do próprio ambiente, como bancos, corrimões e escadas. Ela foi disputada nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Park: ela representa uma nova modalidade que foi inserida no skate. De acordo com os praticantes, ela é um bowl com um grau elevado de dificuldade, em que as transições acontecem acima de três metros, contendo banks e outros elementos do street.

Minirrampa: é a mistura dos estilos Street e Vertical, tendo as paredes com uma inclinação mais leve do que aquelas do modelo Vertical.

Megarrampa ou Big Air: teve como idealizador e criador o norte-americano Danny Way, com aperfeiçoamento do skatista brasileiro Bob Burnquist.

Após revisitar a história do skate, fica evidente que o esporte atravessou diversas mudanças, todas cruciais para seu desenvolvimento e sua expansão. Com a inclusão do skate nas Olimpíadas, espera-se um crescimento ainda maior, levando esse estilo de vida a novas culturas e a outros países.

E você, já escolheu seu atleta favorito para torcer por ele nos Jogos Olímpicos? Independentemente da escolha, lembre-se de ter uma Conti Cola por perto para celebrar cada manobra!

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